sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Lenda Viva - Parte 2

Antes de começar o tão esperado show do Sir Macca, algumas imagens preenchiam o telão, com várias fases da vida do ex-Beatle.
Umas com a banda mais famosa do mundo, outras com o Wings, várias com Linda McCartney, e inúmeros flyers de quando eles ainda eram desconhecidos do mundo e tocavam no The Cavern.

Enquanto essas imagens passavam, ao fundo rolavam vários sons da época da Beatlemania...
Mas quando ouvimos alguma coisa que está sendo feita ao vivo, pelo menos eu, percebo.

Eis que surge a vocalização da última frase da música The End...

Nisso, eu, muito emocionada, já comecei a decretar o estado de falência por pelo menos dois dias da minha voz.

A primeira música tocada foi uma das minhas favoritas: Magical Mystery Tour...
Foi o bastante pra acabar de vez com a garganta, as cordas vocais e tudo mais!

Depois de muita adrenalina, ele recebe o público de 64.000 numa segunda-feira com um "Oi" muito feliz, começando a falar português com aquele sotaque que só inglês de Liverpool tem!
Cada hora era uma zoeira que ele fazia... Falava que tava surdo pra gente gritar mais, uma coisa de louco...

Depois de Jet (som do Wings), ele me vem com All My Loving, uma das músicas mais famosas dos Beatles...
Em coro, 64.000 pessoas cantavam junto com aquela figura simpática de 68 anos.

Sei que foram 3 horas de show sem nenhuma interrupção, sem nenhum gole d'água, e só mandando hits que o público queria e amava.

Eu estava lá pra ouvir aquilo... E não me decepcionou nem um pouco.

Acredito que o momento mais emocionante do show foi quando ele fez uma homenagem ao seu parceiro que se foi em 2001, George Harrison.
Paul geralmente não costuma cantar músicas dos Beatles que não sejam dele, porém, nos shows de São Paulo, ele homenageou seu amigo e companheiro de banda cantando Something, com várias imagens de George no telão.

Aquilo me deixou tão emocionada que eu parecia um bebê chorão com fome... Cheguei a soluçar cantando "Something in the way she moves..."
Acho que emoção igual a essa eu nunca vou sentir na minha vida.

Espetáculo após espetáculo à parte, o show, a cada minuto que passa, fica mais maravilhoso, mais perfeito, mais contagiante com vários outros sucessos de sua carreira de 50 anos.

The Long And Winding Road, I'm Looking Through You, Blackbird, Eleanor Rigby, Band On The Run, Ob-La-di Ob-La-Da, Back in The USSR, Paperback Writer, A Day In The Life (sensacional aliás), Let It Be e Hey Jude foram algumas das músicas que o garotão mandou no show...

Pra quem é fã de Beatles e o favorito é o próprio Paul, meu amigo e minha amiga, aquilo foi demais.

Quando achei que não tinha mais forças pra gritar de tanto que tava curtindo, ele emenda logo Live And Let Die, com direito a fogos e efeitos pirotécnicos sensacionais, que me deixaram mais louca ainda...
Posso lhe dizer que quase levei porrada do guri que tava na minha frente, pois eu tava louca pra subir no ombro dele pra poder mostrar pro Paul que eu tava lá, tipo " OLHA EU AQUI!!!"
Mas, como sou uma pessoa muito educada e fina, não fiz e economizei um roxo no olho, hehe...

Outras homenagens foram feitas, para seu eterno amor, Linda (que quando sentou ao piano disse em português "essa música eu fiz pra minha gatinha Linda" - que fofo), e depois mandou uma Here Today para seu parceiro e companheiro, John Lennon.

Depois de todas essas emoções, ele ainda conseguiu me deixar mais doida ainda quando mandou Day Tripper, Lady Madonna, Get Back, Yesterday e Helter Skelter (que as duas últimas, aliás, foram de tirar mais do que um chapéu)...

E quando 3 horas seguidas pareceram 30 minutos, ele se despediu com uma das maiores obras da música...

Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, envenando-a no final com The End, com direito a solos dos outros dois guitarristas e do próprio Paul McCartney...

O que mais eu posso dizer pra quem é fã de carteirinha desse cara que anda de bicicleta sem segurança no Itaim hein?

Naquele 22/11/2010 eu estava muito cansada, pois não tinha dormido muito, fiquei 2 horas e meia em pé no busão indo pro Morumbi num calor com chuva e aquele fedor de suor no busão lotado, depois andei um quilômetro até o raio do estádio (por que essa merda tinha que ser tão longe hein?), mas isso tudo valeu mais do que a pena pra ver o maior artista vivo da história da música no mundo...

Posso dizer que faria tuuuuuudo de novo e até mais... Se esse inglês vier de novo, vendo minha casa pra comprar o Vip Premium Master Classic e ser a primeira da fila pra poder ver o suor do cara caindo da testa meu!!!

Experiência como essa eu sempre me lembrarei, nunca esquecerei... Meus filhos saberão que um dia eu vi o baixista dos Beatles ao vivo no Brasil...

"And in the end, the love you take is equal to the love you make..."

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