quarta-feira, 24 de março de 2010

A Crônica de um dia daqueles, onde tudo pode dar errado, mas acaba tudo lindo...

Olá pessoal... Estava meio sumida do meu querido diário virtual por causa das correrias que são exigidas às pessoas que tem banda e vão tocar em um fim de semana cheio de coisas loucas a acontecerem...

O legal nisso tudo é que tu nem imagina o quanto você pasta e pasta, pra depois chegar no final do dia e dizer: Já acabou?

Começando pela correria aqui no meu job, começaram alguns Workshops de Áudio e talz... Então toca dar suquinho, refrigerante, aguinha, pãozinho de queijo, carolina, panetone em forma de pão integral pro povo esfomeado que aparece por aqui, hehehe... Detalhe: seria muito anti-ético comer uma carolina que fosse, rs...

Depois desse passatempo estilo televisão de cachorro no job, várias correrias pra vender os últimos ingressos do show do dia 21/03... Loucura loucura! Toca encontrar Fulano na Estação X da linha Y, toca encontrar Beltrano nos cafundós do Judas, toca faltar na academia pra esperar um fão comprar ingresso em casa e não ir... Pois é amigos, a coisa foi feita, mas não foi fácil...

Sabadão, um dia antes do show, rolou um dos ensaios mais fodas que o MUDE já teve, com direito a versão de música, duas em uma hein!!! Mas foi difícil... Seria um estouro quando tocássemos o som pra galera ouvir!!!

O grande dia chega: acordo as 10 da manhã, como um pão pra ficar de boa, saio com a mamis pra comprar uma blusa decente pra usar no show, garanto a carona até a casa da minha prima pra fazermos AQUELA PRODUÇÃO pra causar no show... Ae que a coisa doida começa...

Tomando meu banho, meu pai diz que vai pra casa da minha avó pra almoçar e eu que me vire. Ótimo! Era exatamente isso que eu precisava no exato momento...
As horas passam, o tempo não para, como diria Cazuza... Vejo no relógio e já são 13:45 e eu acabei de tomar banho...
Pego todas as roupas possíveis e impossíveis e deixo em cima da cama; faço um sorteio e pego algumas peças pra ver o que visto daqui há 20 minutos na casa da Bells...
Recebo uma ligação do batera da banda avisando que vai passar na casa da guria 14:30! Tô relativamente atrasada...
Respiro fundo, parto na caminhada até o Largo do Nhocuné com aquele sol rachando a cuca e fumando um cigarro, morrendo de sede. Chego lá, começo a revirar o quarto dela, como se fosse uma rebelião ou um surto psicótico de minha parte. Termino de colocar um Micro Short quando os meninos tocam a campainha.
Chegamos no Estação Music Bar mais ou menos umas 15:45. Tenho menos de uma hora para organizar os repertórios, acertar maquiagem, arrumar cabelo, afinar violão e desejar boa sorte aos meus parceiros de banda, que aliás, não estão lá, com exceção do batera que tava no carro comigo...
Quando tiro todos os instrumentos do carro, estamos em frente a um Hotel chiquérrimo da Augusta, cheio de vidros que mostram a minha figura... Eu estou completamente estranha e desconfortável com o Micro Short à la Carla Perez. Uso um sutiã daqueles que grudam e não saem mais, e tá aquele calor que ninguém pode colocar defeito.
Nisso tenho a fantástica ideia de ir no Shopping Frei Caneca procurar uma calça decente.
Ah é, esqueci de passar uma informação importante: das roupas que selecionei, não havia UMA calça jeans...

16:10 é o horário que chego no Frei Caneca. Faltam 20 minutos para eu entrar no palco e arregaçar. 20 minutos para entrar numa loja, escolher uma calça, pagar no cartão de débito, voltar ao bar do show (era meio longinho), me arrumar e subir ao palco.
A calça que consigo escolher é a mais cara, do lado das promoções de 60,00 da loja...
Como não podia faltar alguns impecílios, eu estava com uma bota emprestada da minha querida prima Bells (ela calça 37 e eu 35), e como se já não bastasse algumas torcidas de pé, batidas aqui e ali com a perna descoberta por causa do short curto, o bendito do sutiã que gruda (Umbra) começa a descolar devido ao calor medonho que faz à tarde. Pois é, vida fácil é pra quem tem dinheiro, rs...

Só sei que cheguei na hora do amém, e o show foi fodástico... Mesmo com falta de retorno pra banda, a galera curtiu pacas e conseguimos mostrar nosso som pra quem tava lá... Fizemos umas cópias do no CD e todo mundo pegou, curtiu, e a resposta opsitiva foi simplesmente sensacional...

Valeu mais do que a pena passar todo esse bafon pra depois ouvir a galera gritando e cantando as músicas...

São nessas que vemos o quanto nosso trabalho vale a pena... =)

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